quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Exposição: sala de caça

Nesta exposição podemos observar vario animais embalsamados, estas espécie de animais, é o que os caçadores cação na altura de caça. Podemos observar também quadros de personagem que se metade homem metade animal, vimos também esculturas de arame de animais. Havia malas de viagem, uns bancos, um cesto com terra e umas botas em cima, podemos observar também esculturas dentro de uma caixa e quando se ligava a luz, esses animais que estavam lá dentro viam-se por fora. A essas caixas podemos dar o nome de animatógrafos.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Arte Nova



Um estilo de arte decorativa exageradamente assimétrico que se difundiu por toda a Europa e pelos E.U.A. de 1890 a 1910.
É um estilo decorativo essencialmente fitomórfico caracterizado pelo uso de linhas orgânicas, longas e sinuosas, em formas ondulantes de todos os tipos, elegantes e rítmicas, em especial a curva em chicote “whiplash”, retiradas dos caules e das gavinhas das plantas, mas utilizou também as chamas, os drapeados e os cabelos ondulantes batidos pelo vento.
A Arte Nova tem como linguagem a estilização das formas naturais, especialmente da flora e da figura feminina. Na Arquitectura as formas tridimensionais são submergidas por curvas que fundem a estrutura com o ornamento.
A Arte Nova rejeitou deliberadamente o historicismo do século XIX, daí o seu nome, “nova”, a primeira forma de arte que não se baseia em estilos do passado e que já não é portanto revivalista e historicista. Apresenta, no entanto, influências longínquas do Neogótico, e mais próximas, do movimento Arts and Crafts e do Simbolismo, bem como da voga das gravuras japonesas de estilo linear (ukyo-e).
A Arte Nova apresenta-se em variados “sabores” ou expressões nacionais: em França e na Bélgica toma o nome de “l’Art Nouveau” ou “Style Guimard”, na Alemanha “Jugendstil”, na Austria “Wiener Sezession”, em Inglaterra e E.U.A. “Modern Style”, em Itália “Stile Liberty” e em Espanha “Arte Modernista” e especialmente em Barcelona, “Modernismo Catalán”.
A Arte Nova toma uma grande importância ao propor um novo estilo, onde todas as artes, as “Belas-Artes” e as Artes menores ou decorativas, se associam e colaboram na expressão de um efeito artístico global; assim as grandes obras da Arte Nova incorporam num mesmo efeito estilístico a arquitectura, a escultura e a pintura, mas também e com grande relevância, o mobiliário, o estuque, a arte do vidro e dos vitrais e espelhos, a cerâmica, a tapeçaria e os tecidos, a ourivesaria, etc. A Arte Nova tem ainda uma forte expressão nas artes gráficas, gravura, cartaz e encadernação.
A Arte Nova aceita e utiliza os “novos materiais” na Arquitectura, mas rejeita a fabricação em série, é uma arte de excelência da execução, assim o ideal de uma nova arte global restringe-se a uma classe muito rica e restrita de promotores.

Em Portugal a Arte Nova surge a partir de 1905, de modo episódico, na decoração a azulejos de fachadas e interiores de lojas e leitarias, tendo um exemplo notável na fachada do Animatógrafo do Rossio de 1907. Na cerâmica, é na produção da fábrica de Rafael Bordalo Pinheiro que temos os melhores exemplos.

Principais artistas:
Charles Rennie Mackintosh, Henry van de Velde, Victor Horta, Hector Guimard, Alfonse Mucha, René Lalique. Nos E.U.A., Louis Tiffany e Louis Henry Sullivan.

A Arte Nova revela a influência das experiências, na pintura, da utilização da linha expressiva por Paul Gaugin e Henri de Toulouse-Lautrec.
Após 1910 a Arte Nova foi abandonada como um estilo decorativo, foi no entanto importante para a criação de um Design de unidade estética no século XX.

Henry van de Velde

É considerado um dos artistas e teóricos mais influentes do modernismo, assim como o fundador da moderna arte construtiva e da decoração de interiores. Partindo de uma concepção global da obra de arte, e da união entre a arte e a vida cotidiana, os seus projetos caracterizam-se pela funcionalidade, pelo dinamismo linear e por um moderado ornamentalismo. Conselheiro desde 1902 do Duque de Weimar, em 1906 fundou a Escola de Artes e Ofícios de Weimar, que dirigiu até 1914, contando-se entre os fundadores do Deutsche Werkbund ("Associação Alemã de Ofícios"). Em 1925, assumiu a seu cargo uma cátedra em Gante e, em 1927, fundou em Bruxelas o Institut Supérieur des Arts Décoratifs de la Cambre, no qual se formaram os mais importantes arquitetos belgas. Em 1947, mudou-se para a Suíça. Entre as obras de Van de Velde, contam-se a decoração interior do Museu Folkwang em Hagen (Alemanha, 1900-1902), a casa Hohenhof na mesma cidade (1909), o teatro para a Exposição da Werkbund de Colônia, hoje desaparecido (1914) e o Museu Kröller-Müller em Otterloo, Holanda (1921). Desenhou igualmente ilustrações para livros e encadernações, assim como móveis, candeeiros, objetos de prata, estampados e cartazes, redigindo diversos ensaios sobre teoria da arte, entre eles "Do Novo Estilo" (1907).

Surrealismo




O Surrealismo foi um movimento artístico e literário surgido primeiramente em Paris dos anos 20, inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o modernismo no período entre as duas Grandes Guerras Mundiais. Reune artistas anteriormente ligados ao Dadaísmo ganhando dimensão internacional. Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud (1856-1939), mas também pelo Marxismo, o surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. Um dos seus objetivos foi produzir uma arte que, segundo o movimento, estava sendo destruída pelo racionalismo. O poeta e crítico André Breton (1896-1966) é o principal líder e mentor deste movimento.

A palavra surrealismo supõe-se ter sido criada em 1917 pelo poeta Guillaume Apollinaire(1886-1918), jovem artista ligado ao Cubismo, e autor da peça teatral As Mamas de Tirésias (1917), considerada uma precursora do movimento.

Um dos principais manifestos do movimento é o Manifesto Surrealista de (1924). Além de Breton seus representantes mais conhecidos são Antonin Artaud no teatro, Luis Buñuel no cinema e Max Ernst, René Magritte e Salvador Dalí no campo das artes plásticas.

Salvador Dalí


Quem foi

Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech nasceu em 11 de maio de 1904, na cidade espanhola de Figueres (Catalunha). Foi um dos mais importantes artistas plásticos (pintor e escultor) surrealistas da Espanha.

Vida do artista, fases e estilo

Desde a infância, Dalí demonstrou interesse pelas artes plásticas. No ano de 1921, entrou para a Escola de Belas Artes de São Fernando, localizada na cidade de Madri. Porém, em 1926, foi expulso desta instituição, pois afirmava que ninguém era suficientemente competente para o avaliar.

Nesta fase da vida, conviveu com vários cineastas, artistas e escritores famosos, tais como: Luis Bruñel, Rafael Alberti e Frederico Garcia Lorca.

Em 1929, viajou para Paris e conheceu Pablo Picasso, artista que muito influenciou a produção artística de Dalí. No ano seguinte, começou a fazer parte do movimento artístico conhecido como surrealismo.

A década de 1930 foi um período de grande produção artística de Dali. Nesta fase, o artista representava imagens do cotidiano de uma forma inesperada e surpreendente. As cores vivas, a luminosidade e o brilho também marcaram o estilo artístico de Dali. Os trabalhos psicológicos de Freud influenciaram muito o artista neste período É desta fase uma de suas obras mais conhecidas “A persistência da Memória”, que mostra um relógio derretendo.

Em 1934, Dali casou-se com uma imigrante russa chamada Elena Ivanovna Diakonova, conhecida como Gala.

Em 1939, foi expulso do movimento surrealista por motivos políticos. Grande parte dos artistas surrealistas eram marxistas e justificaram a expulsão de Dalí, alegando que o artista era muito comercial.

Em 1942, Dali e sua esposa foram morar nos Estados Unidos, país em que permaneceu até 1948. Voltou para a Catalunha em 1949, onde viveu até o final de sua vida.

Em 1960, Dali colocou em prática um grande projeto: o Teatro-Museo Gala Salvador Dali, em sua terra natal, que reuniu grande parte de suas obras.

Em 1982, com a morte de sua esposa Gala, Dali entrou numa fase de grande tristeza e depressão. Parou de produzir e se recusava a fazer as refeições diárias. Ficou desidratado e teve que ser alimentado por sonda. Em 1984, tentou o suicídio ao colocar fogo em seu quarto. Passou a receber o cuidado e atenção de seus amigos.

Dali morreu na cidade de Figueres, em 23 de janeiro de 1989, de pneumonia e parada cardíaca.

Principais obras de Salvador Dalí:

1922 - Cabaret Scene e Night Walking Dreams
1925 - Large Harlequin and Small Bottle of Rum
1926 - Basket of Bread e Girl from Figueres
1927 - Composition With Three Figures e Than Blood
1929 - O Grande Masturbador
1929 - Os Primeiros Dias da Primavera
1931 - A Persistência da Memória
1931 - A Velhice de Guilherme Tell
1932 - O Espectro do Sex Appeal,
1932 - O Nascimento dos Desejos Líquidos
1932 - Pão-antropomorfo catalão
1933 - Gala Com Duas Costeletas de Carneiro em Equilíbrio Sobre o Seu Ombro
1936 - Canibalismo de Outono
1936 - Construção Mole com Feijões Cozidos
1938 - España 1938
1937 - Metamorfose de Narciso
1937 - Girafa em Chamas
1940 - A Face da Guerra
1943 - Poesia das Américas
1944 - Galarina e Sonho Causado Pelo Voo de uma Abelha ao Redor de Uma Romã um Segundo Antes de Acordar
1945 - A Cesta do Pão
1946 - A Tentação de Santo Antônio
1949 - Leda Atômica
1949 - Madona de Portlligat.
1951 - Cristo de São João da Cruz
1954 - Crucificação ("Corpus Hypercubus")
1956 - Natureza-Morta Viva
1958 - Rosa Meditativa
1959 - A Descoberta da América por Cristóvão Colombo
1970 - Toureiro Alucinógeno
1972 - La Toile Daligram
1976 - Gala Contemplando o Mar
1983 - The Swallow's Tail.

Abstraccionismo


A geometrização cubista e a valorização das cores do Fauvismo e no Expressionismo foram preparando caminho a uma das maiores revoluções da arte europeia do século XX: o Abstraccionismo, isto é, o abandono da representação de um objecto identificável. O Abstraccionismo surgiu em 1910 e desenvolveu-se segundo duas tendências de cariz muito diferente: o Abstraccionismo sensível ou lírico e o Abstraccionismo geométrico.

Piet Mondrian


Seu nome verdadeiro era Pieter Cornelius Mondrian. Líder dos construtivistas holandeses, desenvolveu, desde 1907 até inícios dos anos de 1920, um novo conceito artístico radical, que propunha a abstração e a redução dos elementos da realidade a uma linguagem formal estritamente geométrica, limitada à representação de linhas horizontais e verticais e à utilização das cores básicas vermelho, azul e amarelo combinadas com preto, cinzento e branco. As raízes artísticas de Mondrian fundam-se no expressionismo e no simbolismo, cuja influência recebera. Fundou o grupo De Stijl com Theo van Doesburg. A exata concepção de arte defendida pelo grupo, denominada neoplasticismo, era para Mondrian a expressão de um modo de vida: a pintura devia mostrar o caminho para um mundo organizado pela harmonia. Realizou suas obras mais significativas depois de se estabelecer em Paris, em 1919, denominando-as "composições": estruturas integradas de linhas em ângulo reto que enquadram variantes de superfícies cromáticas. Em 1940, mudou-se para Nova York, onde pintou quadros como Broadway Boogie-Woogie (1942-1943) e Victory Boogie-Woogie (1944, inacabado), caracterizados por maior liberdade e ritmo no desenvolvimento cromático das abstrações geométricas.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Futurismo


O futurismo é um movimento artístico e literário, que surgiu oficialmente em 20 de fevereiro de 1909 com a publicação do Manifesto Futurista, pelo poeta italiano Filippo Marinetti, no jornal francês Le Figaro. Os adeptos do movimento rejeitavam o moralismo e o passado, e suas obras baseavam-se fortemente na velocidade e nos desenvolvimentos tecnológicos do final do século XIX. Os primeiros futuristas europeus também exaltavam a guerra e a violência. O Futurismo desenvolveu-se em todas as artes e influenciou diversos artistas que depois fundaram outros movimentos modernistas.

Balla



Già da adolescente Balla aveva dimostrato una predilezione per l'arte, avvicinandosi allo studio del violino, passione che avrebbe poi abbandonato per accostarsi alla pittura e al disegno; nel frattempo il padre gli trasmise la passione per la fotografia, iniziandolo ad una tecnica fondamentale per la sua formazione. Dopo gli studi superiori, Giacomo decise di frequentare l'Accademia Albertina di Belle Arti, dove studia prospettiva, anatomia e composizione geometrica. lasciata l'accademia viene assunto nel 1891 da un fotografo pittore, il cui studio è uno dei più rinomati d'Italia, frequentato dall'aristocrazia e dall'alta borghesia torinese e anche da personaggi quali Edmondo De Amicis e Pellizza Da Volpedo.
Nel 1895 Balla lasciò Torino per stabilirsi a Roma. Nella capitale egli fu un avanguardista della nuova tecnica divisionista, trovando subito un buon seguito di allievi. Nel 1897 si fidanzò con Elisa Marcucci, sorella di Alessandro, amico di Duilio Cambellotti.
Il 2 settembre del 1900 si recò a Parigi, dove rimase fino al marzo 1901 ospite dell'illustratore Serafino Macchiati.
Nel 1903, tornato a Roma, conobbe alla Scuola libera del nudo Umberto Boccioni, Gino Severini e Mario Sironi. Nacque così un legame tra Balla e Boccioni che li condusse verso strade diverse di ricerca sulla via futurista. Nei primi anni romani Balla si interessò a soggetti imbevuti di socialismo umanitario con quadri come: Il mendicante (1902), Fallimento (1902), La giornata dell'operaio (1904) ecc. Ne è testimonianza l'amicizia con Giovanni Cena, assertore di un socialismo umanitario. Nel 1903 cominciò ad esporre alla Biennale di Venezia; l'anno successivo (1904) sposò Elisa Marcucci da cui ha due figlie Luce ed Elica.
Quando nel 1909 Filippo Tommaso Marinetti pubblicò il primo Manifesto futurista, Balla, Boccioni, Carrà e Russolo si presentarono dinnanzi all'autore per unirsi al movimento. Nel 1910 uscì il Manifesto tecnico della pittura futurista con cui l'adesione era dichiarata. Fu questo un passo fondamentale per portare avanti quell'esigenza di svecchiamento della cultura italiana, nonché per il mutamento pittorico di Balla. Da questa ricerca nacquero le Compenetrazioni iridescenti del 1912 ma anche il famoso Dinamismo di un cane a guinzaglio, che comunicava l'esigenza di un taglio netto col passato verso forme dinamiche di comunicazione, senza trascurare tocchi di astrazione.
Nel 1909 espose al Salon d'Automne di Parigi sette dipinti, tra cui i quattro elementi del Polittico dei viventi.
L'11 aprile 1910 assieme a Boccioni, Carrà, Russolo e Severini firmò Il manifesto tecnico della pittura futurista con cui dichiarava apertamente la propria adesione al movimento. Dipinse poi Villa Borghese, e "lampada ad arco"che segnò il passaggio definitivo dal divisionismo al futurismo, che però sarebbe stato rifiutato dai compagni per una mostra di Parigi del 1912. La sua adesione al futurismo fu tale da iniziarsi a firmare "FuturBalla".
Negli anni della guerra mondiale Balla perseguì l'idea di un'arte totale definita arte e azione futurista. E specie dopo la morte di Boccioni nel 1916 a cui dedicò "il pugno di boccioni" egli fu il protagonista indiscusso del movimento. Le sue idee sono esposte in queste parole: «Noi futuristi, Balla e Depero, vogliamo realizzare questa fusione totale per ricostruire l'universo rallegrandolo, cioè ricreandolo integralmente.» Progettò infatti le scene per Feu d'artifice di Igor Stravinsky nel 1917, balletto che andò in scena al Teatro Costanzi di Roma. Creò anche arredi, mobili, suppellettili e partecipò anche alle sequenze del film Vita futurista (1916) presenziando assieme a Marinetti alle riprese.
nel 1914 uscì oltretutto "il manifesto dell'abito anti neutrale" creato poi nel 1915. Balla dichiarò di voler sostituire il vecchio, cupo e soffocante abbigliamento maschile con uno più dinamico e colorato, asimmetrico e colorato, che rompesse con la tradizione e si adeguasse al concetto futrista di modernità e progresso, non solo, doveva far riferimento alla guerra e rendere l'uomo più aggressivo e bellicoso. l'accostamento dei colori erano poi studiati per produrre un vivace effetto di simultaneità, che meglio si armonizzava con lo spazio urbano moderno.
Nell'ottobre del 1918 pubblicò il "Manifesto del colore", dove analizzò il ruolo del colore nella pittura d'avanguardia.
Nell'ambito della sua adesione al futurismo, che Balla portò avanti senza sosta, si ricorda che nel 1926 egli scolpì una statuetta con la scritta alla base "Sono venuto a dare un governo all'Italia". L'opera fu consegnata direttamente a Mussolini, il quale gradì. Negli anni '30 Balla era divenuto l'artista del fascismo per eccellenza, aprezzatissimo dalla critica. Nel 1933 realizzò Marcia su Roma (verso di Velocità astratta), sembra che l'opera sia stata commissionata da Mussolini stesso. Nel 1937 però Balla scrisse una lettera al giornale "Perseo" con la quale si dichiarava estraneo alle attività futuriste. Da quel momento Balla fu accantonato dalla cultura ufficiale, sino alla rivalutazione nel dopoguerra delle sue opere e di quelle futuriste in genere.
Giacomo Balla morì a Roma il 1º marzo del 1958 all'età di 87 anni.

Dadaismo


O movimento Dadá (Dada) ou Dadaísmo foi uma vanguarda moderna iniciada em Zurique, em 1916, no chamado Cabaret Voltaire, por um grupo de escritores e artistas plásticos, dois deles desertores do serviço militar alemão e que era liderado por Tristan Tzara, Hugo Ball e Hans Arp.

Embora a palavra dada em francês signifique cavalo de brinquedo, sua utilização marca o non-sense ou falta de sentido que pode ter a linguagem (como na língua de um bebê). Para reforçar esta ideia foi criado o mito de que o nome foi escolhido aleatoriamente, abrindo-se uma página de um dicionário e inserindo-se um estilete sobre ela. Isso foi feito para simbolizar o caráter anti-racional do movimento, claramente contrário à Primeira Guerra Mundial. Em poucos anos, o movimento alcançou, além de Zurique, as cidades de Barcelona, Berlim, Colônia, Hanôver, Nova York e Paris

Giorgio de Chirico


Após estudar na Grécia e em Munique instalou-se em Paris, onde estabelece fortes relações de amizade com Apollinaire. No início dos anos 20, a sua obra obtém um êxito considerável nos meios vanguardistas e, em 1925, participa na primeira exposição surrealista. Posteriormente, e para surpresa geral, exalta-se por um academismo vácuo que cultiva durante o resto da sua longa vida.

A pintura metafísica de Giorgio de Chirico antecipa elementos que depois aparecem na pintura surrealista: padrões arquitectónicos, grandes espaços nus, manequins anónimos e ambientes oníricos. Do dadaísmo, os pintores surrealistas e, com eles, De Chirico, herdam directamente as atitudes destrutivas e niilistas. O que o próprio artista qualifica de «pintura metafísica» corresponde à necessidade de sonho, de mistério e de erotismo própria do surrealismo. E assim, desde que este movimento vê a luz, a obra de De Chirico conhece um êxito considerável.

Entre as suas obras mais paradigmáticas há que citar O Regresso do Poeta, Retrato Premonitório de Apollinaire, A Conquista do Filósofo, Heitor e Andrómaca e as Musas Inquietantes.

Fauvismo


Esta corrente, Fauvismo, constituiu a primeira vaga de assalto da arte moderna propriamente dita. Em 1905, em Paris, no Salon d’Automne, ao entrar na sala onde estavam expostas obras de autores pouco conhecidos, Henri Matisse, Georges Rouault, André Derain, Maurice de Vlaminck, entre outros, o crítico Louis de Vauxcelles julgou-se entre as feras (fauves).As telas que se encontravam na sala eram, de facto, estranhas, selvagens: uma exuberância da cor, aplicada aparentemente de forma arbitrária, tornava as obras chocantes. Caracteriza-se pela importância que é dada à cor pura, sendo a linha apenas um marco diferenciador de cada uma das formas apresentadas. A técnica consiste em fazer desaparecer o desenho sob violentos jactos de cor, de luz, de sol.

Características fundamentais

Primado da cor sobre as formas: a cor é vista como um meio de expressão íntimo;

Desenvolve-se em grandes manchas de cor que delimitam planos, onde a ilusão da terceira dimensão se perde;

A cor aparece pura, sem sombreados, fazendo salientar os contrastes, com pinceladas directas e emotivas;

Autonomiza-se do real, pois a arte deve reflectir a verdade inerente, que deve desenvencilhar-se da aparência exterior do objecto;

A temática não é relevante, não tendo qualquer conotação social, política ou outra.

Os planos de cor estão divididos, no rosto, por uma risca verde. Do lado esquerdo, a face amarela destaca-se mais do fundo vermelho, enquanto que a outra metade, mais rosada, se planifica e retrai para o nível do fundo em cor verde. Paralelos semelhantes podemos ainda encontrar na relação entre o vestido vermelho e as cores utilizadas no fundo.

A obra de arte nasce, por isso, autónoma em relação ao objecto que a motivou.dos temas mais característicos do autor, onde sobressaem os padrões decorativos.

A linguagem é plana, as cores são alegres, vivas e brilhantes, perfeitamente harmonizadas, não simulando profundidade, em total respeito pela bidimensionalidade da tela.

A cor é o elemento dominante de todo o rosto. Esta é aplicada de forma violenta, intuitiva, em pinceladas grossas, empastadas e espontâneas, emprestando ao conjunto uma rudeza e agressividade juvenis.

Estudo dos efeitos de diferentes luminosidades, anulando ou distinguindo efeitos de profundidade.

Matisse

Matisse nasceu em Lê Cateau, Picardia em 31 de
Dezembro de 1869. Estudou Direito por 2 anos e
uma apendicite e sua convalescença o levaram a
pintar. Mudou-se para Paris em 1890 para estudar
belas artes. Em sua primeira fase Matisse se mostrava
como descendente directo de Cézanne, em busca de
equilíbrio., mas outras influências como Gaoguin e
Van Gogh levaram-no a tratar a cor como elemento de
composição.
Dos pintores fauvistas que exploraram o sensualismo das
cores fortes, ele foi o único a evoluir para o equilíbrio
entre a cor e o traço em composições planas.
Matisse conseguiu reputação internacional exibindo
em Paris e na Alemanha.
Apesar de nunca ter se juntado aos cubistas, sofreu
algumas influências desse grupo. Em 1913 e 1917
sua pintura era um pouco austera, com linhas rectas e
formas geométricas. Depois seu estilo ficou mais
solto, figuras femininas e o interior foram seus
principais temas trabalhando em estilo leve e com cores
decorativas.
Sua escultura era uma extensão de sua pintura.
Antes de morrer em 1954, a Capela do Rosário, em Vence
remata sua história com um programa decorativo integral
em que ensaia a unidade última dos elementos da pintura:
cor, luz, desenho, representação, que sempre o fascinaram.
Matisse considerava essa sua melhor obra e nela concebeu
todos os detalhes, dos vitrais ao mobiliário voltado para uma
concepção mais ascética, embora nos arabescos predomine uma
linha sinuosa.
Henry Matisse morreu em Nice- França em 3 de Novembro de 1954.

Expressionismo


Denominam-se genericamente expressionistas os vários movimentos do fim do século XIX e início do século XX os expressionistas estavam mais interessados na interiorização da criação artística do que na exteriorização, projectando-se na obra de arte uma reflexão individual e subjectiva.
Cada um ao olhar para uma obra expressionista pode interpretar algo diferente.
Mais amplamente, a palavra expressionismo refere-se a qualquer manifestação subjectiva da criação humana.
O Expressionismo surge de um desdobramento do pós-impressionismo, recebendo influências de uma série de artistas, como o holandês Van Gogh e o norueguês Edvard Munch.
Considerando o desdobramento do Impressionismo, os principais precursores deste movimento foram Vincent Van Gogh e Edvard Munch.. Ambas as obras propõem uma ruptura formal e ideológica com a Academia e com o Impressionismo. O Simbolismo como um todo também influenciou os movimentos expressionistas, em uma outra esfera, devido à importância dada à mensagem oculta na obra.

Edvard Munch


Munch foi um dos principais representantes do expressionismo pictórico alemão. Com seu primeiro retrato, A Criança Doente (1885-1886), colocou-se na fronteira da inteligibilidade artística vigente até aquele momento. Seu estilo pictórico, profundamente expressivo, abandonava o naturalismo reinante. A primeira grande exposição que realizou, em Berlim, no ano de 1893, provocou grande escândalo e foi fechada. Esse foi o pretexto para a criação da chamada Secessão berlinense, na qual expôs, em 1902, os 22 retratos de seu friso vital. O ciclo, que foi composto entre 1892 e 1902, representa o ponto culminante da obra de Munch. Os motivos giram em torno da vida e da morte, do amor, do medo, do ciúme e do desespero. O artista representou, nesses quadros, as próprias experiências traumáticas ("Não pinto o que vejo, mas o que vi; a arte é uma cristalização"). A obra mais conhecida deste ciclo, O Grito (1893), foi unanimemente interpretada como a personificação do pânico pela vida e pela solidão do homem moderno. Sua obra gráfica, iniciada em 1894, compõe-se de gravações feitas em madeira, águas-fortes e litografias, reflectindo o relacionamento de Munch com os objectos de sua realidade. A mudança de século significou para o pintor a consagração como retratista de prestígio. Suas obras converteram-se na expressão directa do mais profundo de seu ser (As Raparigas sobre a Ponte, 1905). Nas últimas décadas de sua vida, Munch concentrou-se na realização de auto-retratos. Em 1937, 82 de suas obras foram confiscadas na Alemanha nazista, sendo consideradas exemplos de arte degenerada.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cubismo


Pablo Picasso

O Cubismo foi uma tendência artística moderna, que surgida em 1906, segundo a qual, o quadro (ou escultura) devem ser considerados como factos plásticos independentes da imitação directa das formas da Natureza.A denominação de Cubisme tem origem numa observação feita por Matisse junto de um quadro de uma paisagem de Georges Braque no Salão de Outono de 1908. Cézanne, que nunca renunciara completamente ao uso da perspectiva tradicional, nem a pintar de outro modo que não fosse a partir da Natureza, tinha como princípio que tudo na Natureza podia ser traduzido (abstraído) pelas formas geométricas básicas, como o cilindro, a esfera e o cone. Georges Braque inspirara-se neste princípio, para se exprimir no seu quadro, através de planos fortemente acusados e sem recorrer à técnica do modelado. Matisse referira-se a “petits cubes”, junto ao crítico de arte Louis Vauxcelles, que, viria a utilizar num artigo o termo Cubisme, pela primeira vez.Pablo Picasso, por seu lado, havia pintado desde 1906/7, sob influência da Arte Negra, Les Demoiselles d’Avignon, uma pintura de simplificações violentas e elementares. (A Arte Negra havia sido descoberta por Maurice Vlaminck e propagandeada pelos Fauves.)

A Origem do Cubismo:


“Grupe du Bateau-Lavoir”, o grupo de artistas do Bateau-Lavoir (o lavadouro-flutuante) constituiu-se numa casa da praça Ravignan, em Paris, no bairro de Montmartre, tinha uma escadaria em madeira e no interior algumas particularidades que lhe valeram este nome.Picasso tinha-a alugado desde 1904.Picasso, Braque, Juan Gris, Max Jacob e Van Dongen habitaram esta casa onde se deu a invenção do Cubismo.Fernand Leger juntou-se ao grupo em 1908.De 1908 a 1914 aí se encontravam também os poetas e os artistas amigos de Guillaume Apollinaire. Guillaume Apollinaire, 1880/1918, foi um poeta e escritor francês que publicou revistas, livros e romances, e ensaios e críticas sobre pintura como les Peintres cubistes em 1913. Publicara em 1911, o “Cortège de Orphée”.Apollinaire esteve á cabeça das vanguardas do cubismo literário e do cubismo artístico. Introduziu algumas audácias formais, como a supressão da pontuação nos seus poemas e adoptou curiosas disposições tipográficas. Viria a ser precursor do Surrealismo. É considerado o primeiro dos poetas modernos franceses, tendo as suas obras influenciado profundamente a poesia moderna.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Pablo Picasso



Considerado por muitos como o maior artista plástico do séc. XX, Pablo Picasso não apenas revolucionou a pintura, protagonizando uma profunda ruptura com a tradição clássica, como também ensinou novas formas de ver as coisas. Uma das primeiras obras de referência desta revolução levada a cabo por Picasso é o "Les Demoiselles d'Avignon", pintado logo na primeira década do séc. XX, tendo bebido influências tão diversas como Cézanne ou a arte africana. Pouco depois cria, juntamente com George Braque, o cubismo, provavelmente a mais influente correntes estética da modernidade.
Nascido na cidade espanhola de Málaga em 1881, cedo parte para Paris onde mergulha no vanguardismo que então domina na capital francesa. Aí, o seu poder criativo não conhece limites: desde o desenho à pintura, à escultura e à gravura, qualquer suporte é utilizado para expressar a sua forma de ver o mundo. Esta súmula da extraordinária obra de Picasso está concentrada naquele que é segundo muitos o mais famoso quadro do séc. XX: Guernica, pintado logo após a destruição pela aviação nazi da localidade espanhola que lhe deu o nome.